A condição humana é uma condição de aprendiz. Estamos sempre no caminho do aprendizado. Aprendemos em todas as dimensões, ou seja, na física, na psíquica, na afetiva, na ética, na moral, na religiosa e na social. Aprendemos constantemente, com todos e sempre.
Realmente vivemos um estado de aprendizado durante toda a vida. Aprendemos durante a infância, a adolescência e na vida adulta. Aprendemos com o mundo; aprendemos com as pessoas, aprendemos com os acontecimentos, sejam positivos, sejam negativos. Aprendemos em casa, na família (nossa escola fundamental e primordial), na escola; aprendemos com os amigos, com os parceiros e com os adversários, na rua e em todos os ambientes. Aprendemos em nossas igrejas e grupos de fé.
Somos aprendizes do tempo e das circunstâncias. Aprendemos com as vitórias, com os sucessos, com as alegrias, mas também aprendemos com as derrotas, com os fracassos, com os insucessos e mesmo com as decepções. Aprendemos com o sofrimento (e como aprendemos!), aprendemos com as dificuldades e com os desafios. Aprendemos conceitos, normas, leis, atos, comportamentos e, sobretudo, atitudes, que são as mais importantes. Aprendemos a viver e a conviver e isso é o mais difícil e desafiador. Aprendemos valores e, muitas vezes, assimilamos até contravalores.
Se somos capazes de aprender de tudo um pouco, como seria bom se aprendêssemos, sobretudo, aquilo que nos faz crescer e nos faz melhores como pessoas, como cidadãos e como amigos?
Somos, pois, convidamos, especialmente, neste ano, a aprender a sermos homens e mulheres promotores da paz, do entendimento, da concórdia e do amor. Ah, como há necessidade de aprendermos a ser pessoas de esperança que amem a vida, que desejem viver na alegria, mesmo no mundo que nos impõe um turbilhão de tristezas e angústias. Precisamos aprender a nos preocuparmos com os menos favorecidos, com os doentes e desamparados, com as mulheres e crianças indefesas, com os diferentes de nós.
Somos urgentemente convidados a viver na pluralidade, a aceitar e respeitar as ideias discordantes e os padrões dissonantes que muitas vezes nos são apresentados. Sim, é urgente aprender a respeitar as opiniões opostas, a diversidade de culturas e o contraditório que enfrentamos no mundo atual.
Portanto, sendo a vida um estado permanente de aprendizado, precisamos estar sempre atentos às mudanças e sermos capazes de discernir o que é melhor para nós e para a sociedade.
Felizes daqueles que fazem do aprendizado uma escola para sua vida. Sejamos, pois, aprendizes em estado permanente.